15 de outubro de 2017

Panquecas (sem glúten e sem açúcar)

Muito dificilmente tomo o pequeno-almoço, apenas um café longo ou normal dependendo da disposição. Quando comecei a mudar os meus hábitos alimentares comia, ao  pequeno-almoço, 2 ovos, abacate, frutos vermelhos, às vezes, ainda com cogumelos salteados ou batata doce assada (que tivessem sobrado doutra refeição). Aos poucos fui deixando de conseguir comer tanto e fui diminuindo a quantidade até, naturalmente, ter deixado de tomar o pequeno almoço por não sentir fome de manhã. Muito raramente faço estas panquecas, mas andava-me a apetecer banana frita e achei que combinava bem com esta receita. Esta receita leva polvilho doce, que é fécula de mandioca e não contém glúten. Costumo encontrar na secção das farinhas, no supermercado, e costumo comprar este. São muito boas com queijo derretido e uma fatia de presunto fininha (uso presunto que só tenha como ingredientes porco e sal, quando não encontro nacional compro presunto de Parma, normalmente no Lidl que é mais barato) ou com fruta no interior, a minha favorita é banana da Madeira frita em óleo de coco. O meu filho queria com Nutella, mas eu já não compro Nutella e tenho andado para fazer um creme de chocolate preto e avelãs, tipo Nutella, mas ainda não fiz, então improvisámos. O meu irmão mais velho visitou-nos esta semana e trouxe-nos um Toblerone de chocolate preto com nougat de mel e amêndoas. Derretemos 1 triângulo de um chocolate de 360g, no micro-ondas, com uma colher de café de manteiga e um salpico de leite. Ele adorou! Mas vou ter que fazer o tal creme de chocolate preto e avelãs porque isto de improvisar nem sempre dá certo! Faço as panquecas numa frigideira antiaderente pequena, onde normalmente faço os ovos (cabem 2) e gosto delas fininhas, tipo crepe. Esta receita descobri-a num grupo do facebook, não consigo agora dizer quem terá sido o autor/a.


Ingredientes (para 6 panquecas):
3 ovos

3 colheres de sopa de iogurte grego natural (uso o do Lidl)
3 colheres de sopa de polvilho doce
1 pitada de sal (opcional)


Preparação:
Numa taça bata os ovos com um garfo, misture o iogurte e o polvilho. Aqueça uma frigideira antiaderente, se quiser coloque um pouco de óleo de coco ou de manteiga, na minha não é necessário. Coloque massa até cobrir o fundo. Aguarde até a massa de cima começar a secar e vire ao contrário com uma espátula. Como faço na frigideira pequena nunca tive problemas em virá-las. Coloque o recheio que pretender ou coma-as simples!



Para fazer com banana frita, eu frito uma banana pequena às rodelas em óleo de coco e coloco a massa por cima da banana,  e depois viro com cuidado até estar cozinhada. Quando faço com fruta coloco massa de duas panquecas, ou seja faço uma maior, em vez de duas.


Para fazer com queijo e presunto, depois de virar a panqueca coloco 1 fatia de queijo (normalmente Gouda fatiado que derrete bem, mas poderá ser qualquer um) e uma fatia de presunto, dobro a panqueca, coloco a tampa, só uns segundos até o queijo derreter.



14 de outubro de 2017

Cookies de chocolate

Costumo fazer cookies de chocolate para o meu adolescente favorito desde que deixámos de comprar bolos e bolachas de compra. Já que o meu guloso gosta tanto de um docinho prefiro fazê-los eu, com bons ingredientes e sem açúcar refinado. Costumo fazer dois tipos de cookies de chocolate. Esta receita é a minha favorita, o meu filho gosta igualmente das duas. Costumo fazer mais vezes a outra receita, que brevemente colocarei aqui, porque é mais fácil. Mas estes cookies acho que são de facto divinais para quem dá importância, ou não, a alternativas alimentares. São simplesmente F A B U L O S O S! É sempre um perigo fazê-los porque dificilmente resisto a "roubar" um de vez em quando (shiuuu que ele não pode saber!). Estes biscoitos não têm glúten. A receita original é da página Texanerin Baking.







Ingredientes:
100g de farinha de amêndoas sem pele

30g de farinha de coco
1 c. chá de bicarbonato de sódio
1/2 colher de sobremesa de sal marinho fino (uso este sal cinzento que adoro) 
85g de óleo de coco ou manteiga sem sal à temperatura ambiente (se o óleo de coco não estiver sólido coloque-o no frigorífico durante 10/20 minutos até ficar mais firme. Se a massa estiver muito gordurosa do óleo de coco líquido torna-se difícil incorporar o as pepitas de chocolate)
110g de açúcar de coco (pode usar açúcar mascavado) (a receita original leva mais açúcar mas aos poucos tenho vindo a reduzir) (a autora não aconselha o uso de mel nestes biscoitos)
100g de manteiga de amêndoa caseira à temperatura ambiente
1 1/2 c. de chá de extrato de baunilha
1 ovo grande
100g de pepitas de chocolate preto (usei 100g de chocolate 70%, cortado em bocados pequenos com uma faca, o que é uma seca, mas ainda não encontrei pepitas de chocolate preto a preços razoáveis)


Manteiga de amêndoa caseira


Preparação:
Numa taça média, misture a farinha de amêndoa, a farinha de coco, o bicarbonato de sódio e o sal. Reserve. Numa taça maior, e com a batedeira em velocidade média, misture bem o óleo de coco (ou a manteiga) com o açúcar, durante cerca de um minuto. Misture a manteiga de amêndoa, continuando a bater em velocidade média e o extrato de baunilha. Acrescente o ovo numa velocidade baixa e bata até estar bem misturado. Com uma colher incorpore a mistura de farinha e a seguir as pepitas de chocolate. Se tiver usado açúcar de coco coloque a taça no frigorífico cerca de 1 hora ou até a massa estar firme.

Aqueça o forno a 175ºC e forre um tabuleiro com papel vegetal. Faça bolas com a massa e coloque-as no tabuleiro achatando-as ligeiramente com a palma da mão. Leve ao forno por 11/17 minutos. Se usar açúcar de coco, normalmente necessitam de menos uns minutos do que com açúcar mascavado, mas vá verificando e retire os cookies assim que começarem a ficar acastanhados. Tem que ter cuidado para não deixar queimar. Deixe arrefecer e guarde-os num recipiente bem fechado. 



13 de outubro de 2017

Manteiga de amêndoa

Aqui em casa voltou-se aos velhos tempos em que se fazia tudo de raiz. Nada de comprar produtos industrializados e processados, sem fundamentalismos, claro. Assim, como as bolachas para agradar o adolescente cá do sítio já só são feitas em casa, parte dos ingredientes são feitos também cá em casa. Compramos só a matéria prima. Neste caso a Bimby é, sem dúvida, uma boa ajuda. Independentemente do nosso estilo de alimentação, não deixa de ser uma ajuda preciosa. Quem diz a Bimby, diz qualquer outro processador de alimentos com mais ou menos as mesmas funções. Costumo fazer dois tipos de cookies de chocolate para o meu filho e ambas as receitas levam manteiga de amêndoa. Compro as amêndoas com pele e faço a manteiga de amêndoa na Bimby. O que sobrar guarda-se no frigorífico. Pode durar até um mês, mas aqui não dura tanto. Há quem use, também, a manteiga de amêndoa, para barrar panquecas, pedaços de fruta e cenoura, por exemplo, há quem coloque no iogurte grego...enfim, o que a imaginação ditar. Cá por casa tem servido apenas para fazer os cookies de chocolate! 



Ingredientes:
400g de amêndoas com pele

1/2 colher de sobremesa de sal marinho ou flor de sal 

 

Preparação:

Aqueça o forno a 150º e coloque as amêndoas num tabuleiro a tostar cerca de 10/15 minutos. Ao fim de 12 minutos verifique se já estão tostadas (consegue, até, perceber pelo cheirinho maravilhoso que se liberta) para não queimarem. No meu forno 12 minutos tem sido o tempo suficiente. Retire-as e deixe arrefecer. Coloque na bimby e triture na velocidade 7. Inicialmente as amêndoas vão-se transformar em farinha e com a continuação vão-se transformar em manteiga. Se necessário pare a bimby e limpe as paredes da bimby com uma espátula para retirar a farinha de amêndoa que aí se acumular. Se utilizar uma liquidificadora, por exemplo, pode demorar algum tempo até se transformar em manteiga, é preciso ter paciência. Na bimby tem demorado cerca de 2 minutos mas há quem demore 5 minutos, pode depender da amêndoa e da gordura que ela liberta.




3 de outubro de 2017

Pescada cozida com couve, brócolos salteados e pimentos assados

A refeição de hoje fez-me viajar no tempo. Soube-me tão, tão bem que apesar de ser um prato tão básico eu tinha mesmo que lhe fazer referência. Graças à Peixinho da Lota eu pude saborear uma pescada como há muito não saboreava. Desde o tempo em que a minha mãe a fazia cozida com ovo e feijão verde. E o que eu gostava daquilo. Já não me lembrava que a pescada sabia tão bem. Não fiz com feijão verde, que não tinha, mas fiz com brócolos, salteados para os adultos e apenas cozidos para o filhote, que adora brócolos, couve e pimentos assados que eu amo e acho que era capaz de comer todos os dias sem enjoar!



Ingredientes:
3 pescadas brancas do mar

3 ovos cozidos 
couve cozida (neste caso uma mistura de lombarda e coração, para acabar com as que aqui andavam)
pimentos vermelhos e/ou verdes assados 
Brócolos cozidos e salteados
2/3 dentes de alho
sal, azeite q.b

Preparação:
Coza os legumes, exceto os pimentos, os ovos e o peixe em recipientes diferentes e em água temperada com sal. Corte os pimentos ao meio, coloque-os num tabuleiro forrado com papel vegetal e pincele-os com azeite. Leve à parte superior do forno aquecido a 200º, durante cerca de 20/30 minutos. Retire-os, deixe arrefecer, tire a pele e corte aos pedaços. Tempere com sal, azeite e vinagre. Por vezes também coloco no forno a assar uma cebola envolta em papel de alumínio que depois junto aos pimentos. 
Escorra a couve e tempere com alho, vinagre e azeite extra virgem. Escorra os brócolos e pode servir apenas com azeite ou salteá-los num wook ou frigideira com azeite aquecido e dentes de alho. O peixe, cada um temperou a gosto, eu temperei com azeite e vinagre, antigamente costumava temperar também com alho, mas já tinha os brócolos e a couve com alho e não quis abusar!

1 de outubro de 2017

Pão de banana com nozes

Cá em casa andamos numa de reeducação alimentar. Optamos sempre que possível por alimentos naturais (comida de verdade), evitamos ao máximo produtos processados, açúcares e cereais. O paladar educa-se e por isso fomos introduzindo vegetais que não consumíamos, ou que não usávamos regularmente, e hoje temos um leque de opções muito mais variado. Não é difícil. Quem não gosta de carne, peixe, ovos e legumes? A alimentação tornou-se mais simples mas o paladar mais apurado e, agora, as comidas simples são as que sabem melhor! A maior dificuldade nesta mudança é o mais novo cá de casa. Sopa: come qualquer uma; vegetais cozinhados: só brócolos e cogumelos; saladas: só alface e cenoura ralada. Mas o pior mesmo são as tentações que andam por aí (bolachas, chocolates, croissants, etc), muitos deles disponíveis na escola. Então os lanches para levar para a escola são um desafio e fazem-me puxar pela cabeça. A ideia é arranjar lanches que ele goste e que sejam nutritivos e saciantes e de preferência não lhe deem vontade de comprar nada na escola. Assim, entre outras coisas, que hão de aparecer por aqui, ele tem levado, para a escola, este pão de banana de que todos nós gostamos muito. Quando fiz este "pão" fatiei e congelei e vou tirando conforme é preciso. A receita original é do site Cook Eat Paleo. O aspeto das fotos pode não ser o melhor mas garanto que o sabor é! Ainda por cima sem farinha, açúcares refinados e laticínios!



Ingredientes:
2 ovos

2 bananas maduras esmagadas com um garfo 
50g de mel
1 c. sopa de sumo de limão
300g de farinha de amêndoa
1 c. de chá de bicarbonato de sódio
1 c. de chá de sal marinho
1/2 chávena de nozes partidas (se preferir acrescente pepitas de chocolate)




Preparação:

Aqueça o forno a 180º e forre uma forma de bolo inglês com papel vegetal, em alternativa pode untar a forma. Bata os ovos com a batedeira durante cerca de 2/3 minutos. Adicionar as bananas e mexer até estar bem misturado. Juntar o mel e o sumo de limão e misturar. À parte, misture a farinha de amêndoa com o bicarbonato de sódio e o sal e junte ao preparado anterior misturando bem. Acrescente as nozes à massa (ou as pepitas de chocolate). Coloque o preparado na forma e leve ao forno durante cerca de 40 minutos ou até um palito introduzido no centro sair limpo. Se pretender, depois de frio, pode fatiar e congelar.